Representantes do Tribunal Regional Federal da 5ª Região exercitam técnicas de linguagem em oficina realizada pelo Íris

Representantes do Tribunal Regional Federal da 5ª Região exercitam técnicas de linguagem em oficina realizada pelo Íris

Compreender termos essencialmente jurídicos é muitas vezes um desafio. Tornar informações judiciais acessíveis à população é, então, uma tarefa que exige dedicação diária. A fim de contribuir com a redução do juridiquês e promover a acessibilidade aos conteúdos do judiciário, representantes das assessorias de comunicação do Tribunal Regional Federal da 5ª Região participaram da Oficina de Inovação em Linguagem do Setor Público nesta quinta-feira (7).

Reunindo representantes de sete estados do Nordeste, a Oficina é fruto da parceria entre o Íris | Laboratório de Inovação e Dados do Governo do Ceará com a Justiça Federal do Ceará. Presente na abertura do evento, o diretor do foro da seção judiciária do Ceará, juiz federal Alcides Saldanha Lima, pontuou que a linguagem já foi utilizada como instrumento de segregação e que a sociedade horizontalizada e inclusiva quebra esse paradigma.

“As pessoas têm expectativas de que o poder público seja aquele que se comunica com mais adequação, porque presta serviços para todos nós. O poder judiciário exerce um serviço público essencial e exclusivo. Hoje a instituição tem consciência desse seu papel social, da necessidade de se modernizar e de se aproximar do público para o qual ele deve trabalhar”, reforça o juiz.

As oficinas de Linguagem fazem parte da metodologia de trabalho do Íris, que tem a colaboração e o pensamento criativo como princípios, a fim de construir um movimento de inovação em todas as áreas do governo. “O Íris nasceu da vontade de inovar e está colocado hoje dentro da Casa Civil pela ação transversal que a instituição tem junto a todos os outros órgãos, permeando essa ideia da inovação a partir das diretrizes do governo”, celebrou o secretário executivo de Acompanhamento de Projetos Especiais da Casa Civil, Flávio Jucá.

Os participantes tiveram contato com conteúdos que abordam as principais características da linguagem no setor público e no mundo jurídico, o conceito de linguagem simples, além de diretrizes e etapas para escrever textos mais acessíveis.

“Atuamos a partir de três eixos principais: nós facilitamos, nós formamos e nós engajamos. Trabalhamos com simplificação de textos, produtos do governo, e fazemos formações, como estamos fazendo aqui agora. Além disso, consideramos fundamental o engajamento, entendendo a Linguagem Simples como um trabalho realizado em rede, um grande movimento, que necessita que as pessoas se sintam motivadas a exercitar e a disseminar essa técnica”, explica Isabel Ferreira Lima, coordenadora do Programa Linguagem Simples Ceará.

Além do momento de aprendizado e prática proporcionado pelo Programa Linguagem Simples Ceará, a parceria com a Justiça Federal contempla também a construção do Mandado Cidadão, com re-desenho de novos formatos de documento.